Curioso.

Engraçado é que ás vezes não nos damos conta de que somos todos mais que apenas um de nós.
Somos muito mais. Tem gente que é limitada, a gente logo vê. Mais na verdade, não sabe cultivar o que tem dentro de si.
Não acho que ser duas faça de mim falsa, nem hipócrita. Nem estou dizendo que tenho um alter-ego maquiavélico, ou coisa do tipo (talvez eu até tenha, mas isso não vem ao caso).
Estou falando de uma coisa diferente que acredito não ter sido a única a sentir/perceber em algum determinado momento.
As vezes sou sutíl, dócil como um daqueles doces de abóbora de coração, sabe?
Só corações, amores, flores e blá blá blá, como diria minha amiga de longa data, Marisa.
Mais tem dias que acordo uma fera, aliás, uma megera mesmo, destilando veneno, quase uma erva daninha.
E isso influi brutalmente no que eu vou ser mesmo nesses dias. Influi em tudo.
Não, isso é bem mais profundo que o meu humor. Que o seu humor. Você sabe.
As vezes é algo chato até, fico me olhando no espelho e tentando olhar através das minhas pupilas na intenção de descobrir alguma coisa.
Questiono-me, e não chego a nenhuma conclusão. As vezes me sinto mesmo hipócrita e falsa, duas-caras, e chego a cogitar a possibilidade de ter aflorado outra dentro de mim.
Penso que sim. Penso que não. Enfim. São só possibilidades.
Possibilidades que hora ou outra passam a ser fatalidades, catástrofes existenciais, ou outra coisa que meu eu de hoje não sabe dizer.
E, por curiosidade: quem você escolheu ser hoje?